1 comentários

Se critério é inflação, tarifa deveria ser de R$ 1,17

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O prefeito Carlito Merss (PT) já demonstrou que pretende dar o aumento nas tarifas do transporte coletivo pelo índice da inflação. Ao defender esse critério para reajustar a tarifa, o poder público tenta confundir as pessoas. Afinal de contas, o que determina o aumento? As planilhas de custo, a inflação ou a gorda taxa de lucros dos empresários (que nunca é divulgada)?

Esse conversa mole de inflação é só para dar legitimidade ao aumento. Em 12 anos, Gidion e Transtusa aumentaram as tarifas 109,2% acima da inflação. Se desde 1996, quando a passagem era apenas R$ 0,60, os reajustes tivessem seguido esse critério, nossa tarifa seria de apenas R$ 1,07. Somados os 9,91% dos últimos 18 meses, o pedido de aumento atual seria para uma tarifa de R$ 1,17.

Carlito disse à imprensa que tem vontade de dar o aumento pela inflação em maio, quando os trabalhadores das empresas de ônibus estão em negociação salarial. Não podemos aceitar um aumento tão mentiroso tão falso. Nós, como Frente de Luta pelo Transporte Público, queremos uma auditoria imediata nas planilhas de custo.

Em Blumenau, após um estudo similar pedido pelo Ministério Público, em 2006, a passagem caiu R$ 0,05. É pouco? Sim. Mas é melhor do que um aumento de R$ 0,30. Em Curitiba, o Ministério Público acaba de pedir cópia das planilhas para avaliar se a capital paranaense deve ou não conceder o aumento de 15,7% nas tarifas, ocorrido no dia 12 de janeiro. Perguntamos então, porque o MP daqui não toma posicionamento semelhante?

Sem falar, é claro, que caso Carlito realmente dê o aumento, estará jogando na lata do lixo seu compromisso de campanha em reduzir as passagens. Compromisso reafirmado após Carlito incorporar a promessa de Kennedy Nunes (PP) no segundo turno, de reduzir a passagem para R$ 1,80.

E se a tarifa aumentar, o PP sairá do governo em protesto? É a Secretaria de Infra-estrutura (Seinfra) que comanda a área de transportes. Secretaria essa liderada pelo candidato a vice de Kennedy, Nelson Trigo. E agora? O PP vai ser contra o aumento?

Os movimentos sociais estarão unidos dentro da Frente para barrar esse aumento nas tarifas. O povo não pode mais pagar pelo lucro desenfreado de duas famílias.

1 Responses:

Frente de Luta Joinville Says:

Vamos torcer para que o PP seja firme e não troque uma (até então?) convicção por uma Secretaria.