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Tebaldi sobre o aumento da passagem

segunda-feira, 23 de julho de 2007



Ao som dos gritos dos manifestantes ("Eu quero ação, não quero enrolação", "vem pra luta vem contra o aumento"), o prefeito Tebaldi revela suas verdadeiras posições - e falta de conhecimento total - sobre a questão do transporte e do aumento da passagem de ônibus.


Pérolas do vídeo:

  1. Financiamento do Passe Livre: o prefeito revela um desconhecimento profundo sobre através de que meios seria financiado o Passe Livre Estudantil. Evidentemente que não do custo da tarifa, como ele pensa ou quer pensar. O Passe Livre seria financiado de impostos progressivos – pagos pelas parcelas mais ricas da população –, como taxação extra de IPTU em mansões de luxo, IPVA sobre carros e outras fontes, como estacionamentos e publicidades de ônibus.
  2. Queda do número de passageiros: o prefeito julga que a queda no número de passageiros seja por conta dos cidadãos estarem comprando motos e carros à entrada de 1 real (!). Na realidade, segundo o site do IBGE, 39 milhões de pessoas (a população da Argentina inteira ou 72 vezes a população de Joinville multiplicada) são excluídas do transporte coletivo por não poderem pagar. Não acreditamos que todas essas pessoas estejam comprando carros e motos à entrada de 1 real.
  3. Aumentos em períodos oportunos: o prefeito Tebaldi tem apenas um “argumento” quando interrogado sobre os aumentos em períodos oportunos (viagens oficiais, férias, carnaval): “Que bobagem, não é assim (...) não tem nada a ver”. Em 2003 aumentou a passagem e foi para a Europa. Em 2004 aumentou em 31 dezembro; em 2006 aumentou no feriado de carnaval; e em 2007 aumentou a taxa de água no período de férias. Sr. Prefeito, como “não tem nada a ver”? A população tem memória.

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